quarta-feira, 21 de setembro de 2011

PILATES PARA OS DE MAIOR IDADE - JORNAL BEM ESTAR Nº 97 - SET/11

Pilates ganha adeptos entre idosos como método de condicionamento físico porque entende limites, evita lesões e desgaste físico. Cada pessoa tem o seu ritmo, mas, em geral, os benefícios começam a ser sentidos entre 10 e 20 sessões


O método Pilates foi criado na Primeira Guerra Mundial pelo alemão Joseph Pilates (1880-1967). Ele integrou conhecimentos de ioga, da meditação e dos exercícios gregos e romanos, entre outros. O trabalho inclui, portanto, concentração, respiração, alinhamento, controle de centro, eficiência e fluência de movimento.
Os exercícios feitos no solo ou em equipamentos que usam molas para oferecer assistência e resistência ao movimento, nunca são repetidos mais que dez vezes e são realizados com foco na respiração correta e na postura do corpo.
As sessões são individuais ou em grupos pequenos, para que as séries possam ser adaptadas às necessidades e limitações de cada praticante, e o instrutor possa dedicar atenção à qualidade dos movimentos - que importa mais do que a quantidade. Os resultados de todo esse cuidado são sentidos em no máximo 30 sessões, dizia o próprio Pilates.

RESULTADOS QUE IMPRESSIONAM


Os efeitos do trabalho com pessoas de mais idade são diversos e impressionantes: mais força e controle muscular; melhor capacidade respiratória e melhoria na circulação; ampliação da flexibilidade, alongamento da musculatura (que fica mais tonificada e definida); mudança na postura, mais correta; aumento da consciência corporal; melhora no equilíbrio e coordenação motora; alívio significativo do estresse, da fadiga e de dores musculares e uma melhoria na saúde das articulações. Estes são alguns dos ganhos enumerados por praticantes do Pilates.  Benefícios evidentes para os mais idosos e para quem tem algum problemas de saúde que cause limitações físicas. "O maior equilíbrio muscular possibilita realizar com mais conforto as tarefas do dia a dia. Dá mais energia", diz Inélia Garcia, praticante de Pilates em São Paulo.

"O respeito aos limites do corpo evita lesões e desgaste físico; a respiração correta aumenta a capacidade pulmonar e melhora a circulação; e o trabalho individualizado permite corrigir desvios posturais, trabalhando mais determinados músculos que outros. Isso é bom para todos, desde o esportista que não quer se machucar, até para quem está se recuperando de um derrame", afirma Teresa Camarão de um estúdio do Rio de Janeiro.

DEPOIMENTOS DE QUEM FAZ

A professora aposentada Anna maria Valls, de 72 anos, é adepta do Pilates. Ela já fez aulas de jazz, dança e alongamento, mas cansou-se de ter de seguir o ritmo do grupo, decidiu que precisava de uma atividade que respeitasse suas limitações de movimentação e seu marcapasso. Há três anos faz Pilates, três vezes por semana, e comemora os resultados: as dores nas articulações melhoraram e sua flexibilidade aumentou consideravelmente.
Já para as empresárias Betty Notari, 56 e Constanza Carvalho, 63, que nunca gostaram muito do que elas chamam de "esquema chato" das academias de ginástica, nem de suar e se cansar muito, o Pilates foi a alternativa ideal. "Nunca tive tanta flexibilidade", diz Constanza.
Histórias como essas já se repetem aos montes nas academias e estúdios que ensinam Pilates no país, que se constituíram numa autêntica febre. O método, que chegou ao Brasil no inicio dos anos 90 e fez sucesso inicialmente no restrito universo do balé, virou unanimidade entre celebridades e hoje tem cada vez mais adeptos entre os que não podem ou não querem aderir a malhação tradicional, seja por causa da idade, problemas e limitações físicas ou simplesmente por não gostarem do clima das academias, de música alta, repetições infindáveis, falta de atenção individualizada, competitividade e até exibicionismo.
Os estúdios costumam solicitar exames médicos ou atestados que mostrem que o futuro aluno está apto a praticar Pilates. Se houver algum problema preexistente de saúde, ele deve ser comunicado ao instrutor para que os exercícios seja adaptados.

FONTE: JORNAL BEM ESTAR - PORTO ALEGRE - Nº 97 - EDIÇÃO SETEMBRO DE 2011.

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