Mostrando postagens com marcador Tireoide. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tireoide. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

TIREOIDE: O que fazem os hormônios T3 e T4

A tireoide  pesa cerca de 30 gramas, lembra uma borboleta e fica na frente da laringe, na região popularmente conhecida como gogó. A tireoide trabalha obedecendo ordens enviadas na forma do hormônio TSH (sigla inglesa de hormônio estimulador da tireoide  pela hipófise, que fica no cérebro. O resultado é a produção dos famosos hormônios tireoidianos, o T3 e o T4, que regulam a velocidade do funcionamento do organismo. São eles que controlam o conjunto de processos que acontecem no interior de cada célula, queimando as calorias ingeridas com os alimentos para produzir a energia necessária à manutenção das funções vitais e à realização de atividades físicas. Dá para imaginar o tamanho da encrenca quando essa produção fica destrambelhada, acelerando demais ou retardando esses processos - coisa que acontece em cinco de cada 100 pessoas. E, não se sabe bem o porquê, as mulheres com mais de 30 anos são as principais vítimas desse descontrole.

A triiodotironina, o famoso T3 e a tiroxina, como também é conhecido o T4, agem praticamente em tudo quanto é canto. Veja por que o excesso ou a falta deles provoca uma pane geral:

Sistema gastrintestinal e urinário


Em níveis normais: reforçam a ação das catecolaminas, que podem interferir no funcionamento do intestino. Os rins também são influenciados.
Hipotireoidismo: o intestino fica mais lento e a pessoa sofre com prisão de ventre. Os rins passam a filtrar os líquidos lentamente e o indivíduo urina menos.
Hipertireoidismo: o funcionamento do intestino se acelera, provocando um número maior de evacuações. A pessoa também urina mais vezes.

Sistema nervoso

Em níveis normais: São essenciais para o desenvolvimento e a manutenção do sistema nervoso central. Também potencializam a ação das catecolaminas (hormônios produzidos pelas adrenais, que podem agir como neurotransmissores).
Hipotireoidismo: pode ocasionar depressão, dificuldades com a memória, lentidão de movimentos, de raciocínio e de fala. Pode haver inchaço e queda das pálpebras superiores.
Hipertireoidismo: irritabilidade, nervosismo, ansiedade, agitação, insônia, aumento da velocidade e amplitude dos movimentos e tremores. Há casos de retração das pálpebras.

Sistema cardiovascular 


Em níveis normais: interferem nos batimentos cardíacos e agem no mecanismo conhecido como débito cardíaco (quantidade de sangue bombeada pelo coração a cada minuto), assegurando o fornecimento suficiente de oxigênio aos tecidos.
Hipotireoidismo: diminuição da freqüência cardíaca, da força e velocidade de contração do coração e do débito cardíaco. 
Hipertireoidismo: taquicardia e arritmias.

Sistema muscular-esquelético, pele, cabelo e unhas 


Em níveis normais: regulam a síntese de proteínas na célula, essencial para o crescimento e desenvolvimento dos músculos e da massa óssea.
Hipotireoidismo: a menor produção de proteínas pelo organismo pode desencadear fraqueza, dores musculares, cãibras e diminuição da massa óssea. Há queda de cabelo, as unhas ficam quebradiças e a pessoa fica "inchada", com dificuldade de contração e de relaxamento muscular.
Hipertireoidismo: os hormônios queimam proteínas em excesso, causando os mesmos sintomas do hipotireoidismo.

Temperatura corpórea


Em níveis normais: regulam a geração de calor por meio de sua ação no metabolismo e no consumo de oxigênio.
Hipotireoidismo: um metabolismo energético mais lento abaixa a temperatura corporal. A diminuição da circulação cutânea para manter o calor corporal torna a pele fria e intolerante ao frio.
Hipertireoidismo: acelerado, o metabolismo eleva a temperatura. Com a dilatação dos vasos para dissipar o calor, a pele fica quente e a pessoa costuma suar muito, mesmo em dias pouco quentes.

Peso

Em níveis normais: regulam o metabolismo energético, ou seja, a transformação dos nutrientes (especialmente a glicose) em energia para manter as funções vitais e para a atividade física.
Hipotireoidismo: o metabolismo energético trabalha devagar, ocasionando um menor gasto de energia e o aumento de peso. Mas a pessoa engorda principalmente por causa do acúmulo de mucopolissacarídeos (cadeias de açúcar usadas na construção de tecidos), que associados à retenção de água produzem inchaço.
Hipertireoidismo: acelera o metabolismo, levando a um maior gasto de energia e perda de peso, apesar do aumento de apetite.

Sistema reprodutor 

Em níveis normais:
O T3 e o T4 interagem com os hormônios da hipófise e do aparelho reprodutor, ajudando a manter as funções reprodutivas em ordem.
Hipotireoidismo: ocasiona irregularidade na menstruação, infertilidade e diminuição da libido.
Hipertireoidismo: também causa irregularidade na menstruação e infertilidade, mas aumenta a libido.

Se você sentir um ou mais dos sintomas procure um endocrinologista e faça o exame. Com tratamento a sua qualidade vida melhora muito.