segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

PARA A INVERSÃO DE PAPÉIS NINGUÉM ESTÁ PREPARADO

Quando você está em casa e sua mãe liga dizendo preocupada: “Acabei de cair!”, você se depara com uma nova situação. Algo novo e inusitado. Você se apavora e pergunta se está tudo bem, depois, sente um pouco de raiva pela bocabertice dela. Acha que não está certo ela não ter olhado para o chão ou ter feito tudo ao mesmo tempo sem prestar atenção num simples caminhar. Mas a verdade é que você não percebeu ainda, e se deparou pela primeira vez com uma situação inevitável da vida, a inversão de papéis.


A natureza é sábia. Ela é um ciclo. Você é cuidado e depois você cuida. Não são todas as pessoas que passarão por esse ciclo, claro, mas ainda assim é possível dizer que é uma Lei da Vida. Enquanto isso, existe o envelhecimento, então em nossa vida adulta lidamos com duas situações: o início da nossa família e o envelhecimento de nossa então família, nossos pais. Mas estamos preparados para essa regra natural da existência humana?

Nós não estamos preparados para isso. E ninguém nos prepara, por mais que vejamos todos os dias, por mais que compartilhemos momentos com nossos pais e identifiquemos os cabelos brancos nascendo, a coluna encurvando e as dores aumentando. Se deparar com isso pela primeira vez gera muito medo, em nós filhos, gera muito nervosismo para lidar com a situação e, muitas vezes, gera raiva por vê-los impotentes.

Não é que estejamos com raiva de nossos pais, mas estamos com raiva de Deus, raiva do Universo por ter essa regra de vir e ir da Terra. E, por isso, muitas vezes, ao invés de amparar nossos pais, brigamos com eles. Tá errado? Tá. Mas é fácil mudar e amparar? Não. É preciso muita reflexão e diálogo com nossos pais para entendermos em que situação de vida eles estão e como podemos ajudar. Acompanhar em consultas médicas, acompanhar em exames de rotina, buscar locais onde eles possam compartilhar experiências e receber apoio e amparo. Essas são somente algumas das novas atividades que poderemos compartilhar com eles.

Como filhos, precisamos estar atentos a essas mudanças e a essa inversão de papéis. Às vezes é quase imperceptível o momento em que deixamos de ser cuidados e passamos a cuidar. Outras vezes, nossos pais não aceitam que precisam de ajuda e aí vem a pergunta que nos martela: quando forçar uma ajuda que eles não querem ou não aceitam? Como começar esse diálogo com eles? Essas são perguntas para serem respondidas por profissionais da área, por geriatras, por psicólogos, por pessoas que possam acompanhar e compartilhar nossa realidade com a gente antes de dar respostas prontas.

O mais importante é não deixar passar desapercebido a necessidade que eles têm de estarem mais próximos da gente e de nosso amparo. É entender que são fraquezas e não bocabertices. É se preparar para acalmar e cuidar ao invés de brigar ou xingar. Sempre o entendimento, diálogo, carinho e amor serão os melhores remédios e companheiros para as pessoas que querem construir bons e sadios relacionamentos.


Autora: Jorgete Rain

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

MEDOS: OS MEUS, OS TEUS, OS NOSSOS

Eu tenho medo. Eu tenho medo de andar de avião, tenho medo de barata voadora, tenho medo de montanha russa, tenho medo de lagartixa no teto, tenho medo de um monte de coisa. Mas não tenho medo de uma coisa importante na vida: MUDAR.
Tem gente que nasce e morre com os seus medos e nem chega perto de tentar mudar eles, não briga com o seu “eu interior” e busca uma solução para suas malesas. Tem quem admita o medo, mas não consiga lutar contra ele, então acaba aceitando e desistindo, convivendo com seu medo e chamando-o de melhor amigo. Mas existem medos diferentes, não sei se por classificação ou por tipo, o que importa é que identifico que alguns medos deixam as pessoas impotentes. São coisas diferentes você ficar paralisado na frente do marco da porta acreditando que a lagartixa vai cair e você ficar atônito na vida vendo os anos passarem sem sair do lugar com medo de dar um passo rumo ao desconhecido.

Ta aí um medo que eu não tenho mesmo, o medo de mudar! Para mim mudar é viver. É sentir-se vivo. Mudar de cidade, de endereço, de ideias, de crenças, de opinião (sim, porque não?), de estilo de roupa, a cor de cabelo, a meta para o ano. Mudar, mudar, mudar... Se fala tanto em mudar, tudo é tão volátil e mutável atualmente, o modelo do aparelho celular, o aplicativo que faz sucesso que fica difícil identificar o que são mudanças pequenas e o que são grandes evoluções.

Grandes evoluções requerem quebras de paradigmas, dogmas, crenças. Exigem uma brusca parada para reflexões internas. Essas são as mudanças que farão diferença na nossa vida e nos levarão para novos caminhos e novas experiências. São mudanças, nem sempre positivas, claro, que dependerão das suas escolhas, mas elas têm um gostinho de “passar de fase no videogame”, sabe?

Em contrapartida, existem os medos que nos prendem e estagnam, nos mantendo em uma mesma “fase do videogame”, medos que não são bobos como o de não passar pelo marco da porta com medo que a lagartixa caia em cima da sua cabeça. Mas um medo de não conseguir lidar com alguma situação, um medo de não querer viver algo novo, por exemplo: medo de trocar de emprego, medo de aceitar que escolheu a profissão errada, medo de se prender a alguém, medo de ser pai, medo de ser largado e ficar sozinho. São tantos os medos que nos paralisam!

Esse medo que paralisa é o medo ruim. É o tipo de medo que faz com que você não possa seguir em frente e aprender mais, viver mais, fazer novas escolhas e se desprender de antigos rótulos para vestir novos. Você não precisa ser advogado a vida toda por ter se formado em Direito aos 21 anos. Você não precisa ser filho a vida toda porque não sabe trocar fralda e não sabe como se sentirá ao ser chamado de pai pela primeira vez. Você não precisa aceitar um relacionamento chato por medo da solidão ou do desconhecido.

Não. Eu não tenho a solução mágica para tirar os medos das pessoas, libertá-las das suas crenças e, como que por passe de mágica ou varinha de condão, liberar tudo de livre, desapegado e leve que existe nos outros. Mas eu já aprendi que me libertar dos meus medos fez eu me sentir mais livre, desapegada e leve.

Eu ainda prefiro toda noite olhar para o marco da porta e procurar pela lagartixa antes de passar, que me arrepender por não ter trocado de profissão, de namorado, deixado de gerar uma vida, de adotar e salvar um cachorro.


Autora: Jorgete Rain

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

27 de Novembro - Dia Nacional de Prevenção ao Câncer

Hoje é dia de prevenir uma das doenças mais assustadoras do século.  Achamos o artigo do INCA/SP bem explicativo, para quem tem dúvidas sobre essa doença. 

O que é o câncer?

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo.

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.

Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Por exemplo, existem diversos tipos de câncer de pele porque a pele é formada de mais de um tipo de célula. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais como pele ou mucosas ele é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos como osso, músculo ou cartilagem é chamado de sarcoma.

Outras características que diferenciam os diversos tipos de câncer entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases).

  

O que causa o câncer?

As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais.

De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele, e alguns vírus podem causar leucemia. Outros estão em estudo, como alguns componentes dos alimentos que ingerimos, e muitos são ainda completamente desconhecidos.

O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentam a sua suscetibilidade à transformação maligna. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte o porquê de o câncer ser mais freqüente nesses indivíduos.Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células.

O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando.

Fatores de risco de natureza ambiental

Os fatores de risco de câncer podem ser encontrados no meio ambiente ou podem ser herdados. A maioria dos casos de câncer (80%) está relacionada ao meio ambiente, no qual encontramos um grande número de fatores de risco. Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente ocupacional (indústrias químicas e afins) o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida).

As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os 'hábitos' e o 'estilo de vida' adotados pelas pessoas, podem determinar diferentes tipos de câncer.

Tabagismo Hábitos Alimentares
Alcoolismo
Hábitos Sexuais
Medicamentos
Fatores Ocupacionais
Radiação solar


Hereditariedade

São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel na oncogênese. Um exemplo são os indivíduos portadores de retinoblastoma que, em 10% dos casos, apresentam história familiar deste tumor.

Alguns tipos de câncer de mama, estômago e intestino parecem ter um forte componente familiar, embora não se possa afastar a hipótese de exposição dos membros da família a uma causa comum. Determinados grupos étnicos parecem estar protegidos de certos tipos de câncer: a leucemia linfocítica é rara em orientais, e o sarcoma de Ewing é muito raro em negros.

Como surge o câncer?

As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular, que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da célula); e o núcleo, que contêm os cromossomas, que, por sua vez, são compostos de genes. Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes, numa "memória química" - o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomas passam as informações para o funcionamento da célula.

Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA dos genes. É o que chamamos mutação genética. As células cujo material genético foi alterado passam a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados protooncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os protooncogenes transformam-se em oncogenes, responsáveis pela malignização (cancerização) das células normais. Essas células diferentes são denominadas cancerosas.


Dicas para se proteger do câncer

Não fume! Essa é a regra mais importante para prevenir o câncer, principalmente os de pulmão, boca, laringe, faringe e esôfago. Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de 4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas por fumantes e não fumantes. Parar de fumar e de poluir o ambiente fechado é fundamental para a prevenção do câncer.

Alimentação saudável protege contra o câncer. Deve ser variada, equilibrada, saborosa, respeitar a cultura e proporcionar prazer e saúde. Frutas, legumes, verduras, cereais integrais e feijões são os principais alimentos protetores. Comer esses alimentos diariamente pode evitar o desenvolvimento de câncer. O aleitamento materno é a primeira alimentação saudável. A amamentação exclusiva até os seis meses de vida protege as mães contra o câncer de mama e as crianças contra a obesidade infantil. A partir de então, a criança deve ser amamentada e receber outros alimentos saudáveis até os dois anos ou mais.

Pratique atividades físicas como parte da rotina diária. A atividade física consiste na iniciativa de se movimentar, de acordo com a rotina de cada um. Você pode, por exemplo, caminhar, dançar, trocar o elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, cuidar da casa ou do jardim.

Estar acima do peso aumenta as chances de uma pessoa desenvolver câncer. Por isso, é importante controlar o peso por meio de uma boa alimentação e manter-se ativo.

As mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo ginecológico a cada três anos. Tão importante quanto fazer o exame é saber o resultado e seguir as orientações médicas. As mulheres entre 50 e 69 anos devem ainda realizar a mamografia a cada dois anos. E, em qualquer idade, conhecer seu corpo e observar suas mamas. Em caso de alterações suspeitas, a mulher precisa procurar um médico.

Evite a ingestão de bebidas alcoólicas. Seu consumo, em qualquer quantidade, aumenta o risco de desenvolver câncer. Além disso, combinar bebidas alcoólicas com o tabaco aumenta ainda mais a possibilidade do surgimento da doença.

Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios. Se for inevitável a exposição ao sol durante a jornada de trabalho, use chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.

Fumo, bebidas alcoólicas, exposição prolongada ao sol, alimentação gordurosa também estão relacionados ao câncer de boca. Fique alerta a qualquer lesão na boca que não cicatrize por mais de 15 dias.

Alguns tipos de vírus, bactérias e parasitas associados a infecções crônicas estão presentes no processo de desenvolvimento do câncer, com destaque para o papilomavírus
humano (HPV). Além de outras estratégias de prevenção, o uso de preservativos pode contribuir na prevenção da infecção pelo HPV, associada ao câncer do colo do útero, pênis, ânus, orofaringe e boca.
Fonte: http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=322


sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Conheça os melhores exercícios anaeróbicos para idosos - ENTREVISTA PROF. RAFAEL SOARES PARA O SITE VIVO MAIS SAUDÁVEL

Conheça os melhores exercícios anaeróbicos para idosos: Fortalecer a musculatura é ainda mais importante na terceira idade.

Exercícios anaeróbicos são indicados para todas as idades, pois servem para ganhar força e resistência muscular. Porém, como alguns exigem alto índice de esforço, a prática na terceira idade deve ser adaptada e respeitar as limitações físicas e de saúde dos idosos.

Assim como os cuidados, a importância desses exercícios na terceira idade é redobrada. Os mais velhos perdem densidade muscular naturalmente com o passar dos anos, o que prejudica a mobilidade das articulações e limita os movimentos. Com as atividades certas, porém, eles conquistam mais qualidade de vida e bem-estar.
idosa fazendo exercícios anaeróbicos
Os exercícios podem ser feitos em aparelhos de academia. Foto: iStock, Getty Images


Exercícios anaeróbicos mais indicados

Os exercícios anaeróbicos têm como objetivo desenvolver força e crescimento muscular, além de estimular a resistência, a densidade dos ossos e a flexibilidade das articulações. Eles podem ser do tipo lento - como é o caso dos aparelhos de musculação, da ginástica localizada, do pilates e da yoga - ou de velocidade, como corrida e natação.

Para o Professor de Educação Física Especialista em Terceira Idade Rafael Soares, o pilates é um dos exercícios anaeróbicos mais indicados para os idosos.

“Os exercícios do pilates se apresentam num ciclo, começando por concentração, atenção e cuidado na execução, o que garante uma prática impecável e livre de erros. A velocidade lenta na execução também evita o erro e aumenta a precisão do local no corpo que precisa ser trabalhado ou reabilitado”, explica.

O Professor de Educação Física ainda destaca que, realizando um ciclo adequado e de forma correta, o idoso faz os exercícios dentro de uma linha confortável e não no limite físico, o que pode provocar dores após a atividade ou até mesmo contusões. Além disso, também se indica a prática para indivíduos sedentários.

Com o passar dos anos e a chegada da terceira idade, o corpo vai perdendo naturalmente a densidade muscular e óssea, causando limitações nos movimentos e na mobilidade. As funções dos exercícios anaeróbicos são estimular a resistência, a densidade muscular e dos ossos e a flexibilidade, recuperando um pouco do que foi perdido e retardando os efeitos da idade.

Com isso, as atividades proporcionam uma manutenção dos músculos, ossos, ligamentos e articulações, trazendo diversas melhorias para o idoso. “O principal fator certamente é o fortalecimento da musculatura do corpo, consequentemente melhorando postura, flexibilidade e consciência corporal, aliviando o estresse tanto físico como mental”, completa Rafael.
Cuidados e contraindicações

Os cuidados para praticar exercícios anaeróbicos na terceira idade são basicamente os mesmos de qualquer tipo de atividade física. O idoso deve passar antes por uma avaliação física e de saúde para identificar as limitações que devem ser respeitadas durante a execução dos movimentos.

Rafael ainda lembra que os exercícios devem ser realizados dentro de uma margem confortável para evitar qualquer problema. “Pessoas não medicadas com problemas cardíacos, problemas de pressão, ferimento exposto, câncer ou com proibição médica devem evitar”. Ele indica que o ideal é a prática com turmas pequenas e profissional especializado.

Fonte: http://vivomaissaudavel.com.br/atividade-fisica/terceira-idade/conheca-os-melhores-exercicios-anaerobicos-para-idosos/

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A SOLIDÃO E A IDADE

Solidão não depende de idade. Solidão é um sentimento no qual uma pessoa sente uma profunda sensação de vazio e isolamento. A solidão é mais do que o sentimento de querer uma companhia ou querer realizar alguma atividade com outra pessoa e não conseguir sair do seu isolamento; é um sentimento que demonstra que uma pessoa precisa de algo novo que a transforme, mesmo que em princípio ela não consiga enxergar essa necessidade[1].

Solidão é o estado do que se encontra ou vive só; em isolamento. É lugar ermo e despovoado. Situação ou sensação de quem vive isolado numa comunidade. Estado de pessoas que, embora vivam juntas, dir-se-ia viverem sós por não haver entre eles nenhum entendimento[2].

 

Os conceitos sobre solidão, muitas vezes, nos levam a pensar nela como um sentimento ou uma situação negativa. É ruim estar só. Porém, lendo a frase de Fernando Pessoa acima, se tem uma ideia um pouco diferente e, a pergunta que fica em mente é: É a solidão tão negativa?

O sentimento de solidão ou sentir-se só independe da idade, mas agrava-se com o passar da idade. O termo agravar, aqui, é providencialmente utilizado para explicar que, como pessoas, vamos vivenciando experiências, ampliando conhecimentos, conhecendo pessoas e criando valores, ideias, pensamentos e perspectivas que nos conectam ou nos afastam dos outros.

É importante ter ideias e verdades próprias, mas brigar por elas em detrimento de relacionamentos construtivos, é burrice. E, com o passar dos anos, vamos enumerando muitos momentos e relacionamentos deixados para trás para mantermos nossa palavra e pensamento. 

Nesses momentos, o ideal é parar e usar a solidão para repensar. Repensar ações, ressignificar crenças antigas, verificar se o que você acredita desde anos atrás está condizente com o que você acredita atualmente e, se não está, resolver quais são os novos valores que você vai empregar para si e atuar na sua vida para encontrar e conectar-se com pessoas diferentes que lhe tragam novas emoções e alegrias.

Importante também mencionar que, solidão é um sentimento ou um estado de espírito que sentimos e passa. Que todos sentimos em determinado momento ou situação de nossas vidas. É bom buscar a resposta para esse sentimento, será ele uma falta de conexão consigo mesmo ou será um valor seu que foi prejudicado ou quebrado por alguém que você ama?

Nietzsche acima nos ajuda a conceituar e reverter a solidão a nosso favor. Pois, se você estiver bem consigo mesmo, estará ao redor de pessoas que lhe façam bem e, se não estiver, saberá com sabedoria identificar o melhor delas.

Não se intimidar em ficar sozinho por um tempo é excelente para não dramatizar essa experiência e aproveitá-la! Apreciar esses momentos e, somente após uma boa reflexão ir atrás de novos amigos e experiências é ideal para viver mais e com mais qualidade de vida!

Portanto, se está precisando de reposicionar em alguma relação, se alguma relação sua está lhe incomodando, pare, reflita sozinho e só depois haja. Por que, independente da fase da vida, o importante é construir relacionamentos saudáveis e duradouros que nos façam bem e que façam bem aos que nos rodeiam.



[1] Conceito de Solidão adaptado. Disponível em: .
[2] Conceitos do Dicionário Aurélio para a palavra Solidão. AURELIO, 2015, p. 1957.


Autora: Jorgete Rain.

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

EGOISMO E PRESUNÇÃO NÃO CONSTROEM BONS RELACIONAMENTOS

Egoísmo é um substantivo que nomeia um amor próprio excessivo, que leva um indivíduo a olhar só para os suas opiniões, interesses e necessidades.
A pessoa que trata só de seus interesses, que carrega consigo os sentimentos do egoísmo, é adjetivada de egoísta.

Na psicologia, a atitude intelectual daquele que tudo se refere ao próprio eu, é chamada de egocentrismo.

O egoísmo é um comportamento que leva o indivíduo a desejar total exclusividade sobre o sentimento alheio, gerando ciúme, um sentimento negativo que, quando exagerado, torna-se uma paranoia.


A relação do egoísta com aquilo que ele almeja é inversamente proporcional ao desejo dele. Pois, o bem-estar está ligado com o querer bem. 
Se você se importa com o outro, você quer que ele esteja bem, você abdica de algo que você muito deseja em benefício desse alguém.
Quanto mais você se doa em uma relação e se mostra aberto às necessidades do outro, mais essa pessoa estará disponível também para as suas necessidades (ou não). Ambos, estando dispostos a enxergar o outro tanto quanto a si próprio, terão a sorte de se encontrar em um relacionamento saudável!


Essa referência não é para amor entre casais, é para qualquer relacionamento. Pais e filhos, amigos, clientes e prestadores de serviços, professores e alunos, enfim, uma infinidade de pessoas que mantêm relacionamentos entre si e que, muitas vezes, não percebem porque o seu objeto de desejo ou as pessoas que elas queriam que estivessem ao seu lado, não estão. 
Se você não pode dar algo a alguém que você ama, pense que outras pessoas podem dar e, privá-las de manter relações saudáveis com outras pessoas é um total excesso de egoísmo.


Permita que os outros se importem com você e se permita se colocar no lugar do outro ao invés de exigir o que você acredita ser seu direito. Perguntar, trocar amor faz muito bem e mantêm pessoas que podem dar, fornecer e trocar amor, conhecimentos e informações que lhe farão crescer como pessoa.
Ficar estagnado, culpando os outros por aquilo que você não pode ter é egoísmo e presunção. Fará mal para você e para o outro. Quanto mais caridade, maior ganhos todos terão.

Autora: Jorgete Rain

Frenquentemente vemos e ouvimos relatos de egoísmo e ciúmes entre filhos de idosos.

É preciso respeitar as necessidades do idoso, não criar um estresse desnecessário, por motivos tão banais.

Cuide do seu velho! Ame-o com todo o seu amor!