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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Composto interrompe produção de proteína ligada ao Alzheimer

Por se tratar de uma doença cada vez mais constante em nosso espaço, compartilhamos este artigo publicado no Jornal O Globo fala sobre a evolução dos estudos de um potencial tratamento para estabilizar a tau, enzima relacionada ao Alzheimer e outras doenças neurológicas.

Experimentos com camundongos e macacos têm resultados promissores

Proteína defeituosa se acumula nos neurônios e leva à morte as células cerebrais, provocando demência - Latinstock

Em condições normais, a proteína tau ajuda a manter a estabilidade dos axônios, as longas estruturas tubulares que ligam uma das extremidades de um neurônio a outros e por onde ele transmite seus sinais. Em algumas pessoas, no entanto, estas células cerebrais começam a fabricar versões defeituosas da proteína, que vão se acumulando em emaranhados em seu interior e acabam por danificá-la, levando à morte os próprios neurônios que ela deveria ajudar proteger, no que é considerado dos primeiros marcadores biológicos do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o mal de Alzheimer.
Diante disso, cientistas acreditam que, se puderem controlar a produção da proteína, talvez seja possível barrar ou mesmo reverter estes danos, abrindo um novo caminho para o tratamento destas chamadas taupatias. E é justamente isso que fizeram pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Washington em St. Louis, no estado americano do Missouri. Usando uma nova abordagem que emprega moléculas conhecidas como oligonucleotídeos antissentido, eles conseguiram reduzir a fabricação da tau, e consequentemente a formação de seus emaranhados no interior dos neurônios, nos cérebros de camundongos geneticamente modificados para produzirem versões defeituosas da proteína humana, assim como diminuir os níveis da proteína no sistema nervoso de macacos em um teste subsequente.

- Demonstramos que esta molécula reduz os níveis da proteína tau, prevenindo e, em alguns casos, revertendo os danos neurológicos – destaca Timothy Miller, professor de neurologia na universidade americana e autor sênior de artigo sobre os experimentos, publicado nesta quarta-feira no periódico científico “Science Translational Medicine”. - Este composto é o primeiro que mostrou ser capaz de reverter danos relacionados à tau no cérebro que também tem o potencial de ser usado como uma terapia em pessoas.



Os oligonucleotídeos antissentido funcionam ao interferirem na transmissão de informações para a produção de proteínas pelas células. No processo normal, as instruções para montagem das proteínas contidas no DNA, o material genético no núcleo celular, é transcrita em uma molécula mensageira chamada RNA, que então segue para os ribossomas, as fábricas de proteínas das células, com a “receita” para sua produção. Os oligonucleotídeos antissentido, no entanto, podem ser construídos para se unirem a este RNA e marcá-lo pra destruição antes que chegue aos ribossomas, impedindo assim que as proteínas sejam fabricadas.

Como podem ser desenhados para se ligarem a qualquer “receita” de proteína, os oligonucleotídeos antissentido podem ser usados para atrapalhar a produção de qualquer uma delas. Recentemente, a Administração para Alimentos e Drogas dos EUA (FDA) aprovou o uso destas moléculas para o tratamento de duas doenças neuromusculares, a distrofia muscular de Duchenne e a atrofia muscular espinhal, e estão atualmente em curso ensaios clínicos para seu uso terapêutico contra outros males neurológicos, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA) e a doença de Huntington.

No experimento da Universidade Washington, os cientistas administraram uma dose de oligonucleotídeos anti-tau nos camundongos geneticamente modificados quando eles estavam com nove meses de idade, época em que os emaranhados da proteína já começaram a danificar seus neurônios, diariamente durante um mês. Quando os animais estavam com 12 meses, os pesquisadores mediram as quantidades de RNA mensageiro da tau, a concentração total da proteína e a presença dos emaranhados em seus cérebros, verificando que elas eram todas significativamente inferiores às verificadas nos camundongos do grupo de controle, tratados com um placebo. Além disso, os níveis totais de tau e a quantidade de emaranhados dos animais tratados eram menores do que os vistos aos nove meses nos camundongos não tratados, o que sugere que o tratamento não só interrompeu como reverteu o acúmulo das proteínas defeituosas.

Os benefícios da terapia com os oligonucleotídeos nos camundongos, no entanto, não pararam por aí. Ao chegarem aos nove meses de idade, esta linhagem de animais geneticamente modificados também já apresenta um visível encolhimento de seu hipocampo, região do cérebro diretamente ligada à formação de memórias, com a progressiva morte neuronal. E embora não tenha sido capaz de reverter estes processos, o tratamento com o composto conseguiu ao menos interrompê-los. Por fim, os camundongos tratados viveram, em média, 36 dias a mais do que os que não receberam os oligonucleotídeos, além de demonstrarem uma melhor capacidade de construir ninhos que os do grupo de controle, o que reflete uma combinação de comportamentos sociais, desempenho cognitivo e capacidades motoras também melhores, funções largamente prejudicadas em pessoas que sofrem com o mal de Alzheimer e outras taupatias.

Animados com os bons resultados nos experimentos com camundongos, os cientistas decidiram então ver se o composto também funcionava em animais mais parecidos com os seres humanos. Para isso, eles trataram grupos de macacos-cinomolgos (Macaca fascicularis) saudáveis, injetando duas doses dos oligonucleotídeos, ou de um placebo, diretamente no fluído cerebrospinal com uma semana de intervalo entre elas, simulando o que poderia ser o protocolo de um tratamento de pacientes humanos. Duas semanas depois, eles mediram a quantidade de proteína tau e seu RNA mensageiro tanto neste líquido, também chamado de cefalorraquidiano ou líquor, quanto no cérebro dos animais, verificando reduções dos níveis nem ambos.

- O estudo com os macacos nos mostrou a queda da tau no fluído cerebrospinal se correlaciona com menores níveis no cérebro – conta Miller. - Isto é importante porque, se formos avaliar esta abordagem clínica em pessoas, não há uma maneira não invasiva de medir os níveis de tau no cérebro. Assim, esta correlação nos permite usar os níveis da tau no fluído cerebrospinal como um indicativo dos níveis da tau no cérebro.
Miller lembra ainda que altas concentrações da tau não estão associadas apenas ao mal de Alzheimer, mas também a uma série de doenças neurodegenerativas menos conhecidas, como paralisia supranuclear progressiva e degeneração corticobasal, que por isso também poderiam ser tratadas com os oligonucleotídeos anti-tau. Além disso, o composto poderia ser usado como um tipo de profilaxia nos casos de ferimentos traumáticos do cérebro, que também provocam um aumento na produção da proteína e podem levar a demências.

- Os emaranhados de tau estão correlacionados a perdas cognitivas em diversas doenças – destaca. - Esta é uma nova e promissora abordagem para reduzir os níveis de tau, mas ainda temos que testar se ela é segura para pessoas e se ela de fato diminui as concentrações nelas, como foi desenhada para fazer, antes de experimentarmos se ela tem qualquer efeito sobre doenças. Mas tudo que vimos até agora diz que vale a pena investigá-la como um potencial tratamento para pessoas.

POR CESAR BAIMA (26/01/2017 4:30 / atualizado 26/01/2017 23:45) 

Uma notícia boa! Vamos torcer pela evolução e afirmação das pesquisas!
E nunca se esqueça, para ficar longe das doenças comuns da Terceira Idade, pratique atividades físicas regulares e alimente-se bem.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

7 Maneiras de melhorar o convívio com o portador de Alzheimer


Somente quem convive com o paciente de Alzheimer sabe o quanto é importante o contato e o carinho dos familiares. Não apenas na relação de cuidado, mas também no manejo da doença junto ao médico e outros profissionais de saúde fazem toda a diferença. “É estabelecida uma relação de confiança entre médico, paciente e cuidador”, afirma o psicogeriatra Cássio Bottini, coordenador do programa de terceira idade do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Mesmo em famílias com muitas pessoas, em geral alguém é eleito para cuidar do paciente e aprender como lidar com os desafios que surgem a cada dia. 

As dicas foram elaboradas pelo site Minha Vida e estão logo abaixo:


Elabore uma agenda semanal

Manter uma rotina bem estruturada garante o número de horas de sono adequado, evita erros com a medicação e ainda reserva um tempo para outras atividades. Cássio Bottini recomenda que seja estipulada a rotina para toda a semana. “Uma agenda bem feita não preenche o tempo todo do idoso, mas garante que seja reservado um espaço para atividades que vão melhorar a qualidade de vida dele”. Além disso, a rotina bem organizada ajuda o paciente a se localizar – perda de referências de tempo e espaço é um dos problemas característicos do Alzheimer. “Muitos não reconhecem a própria casa e nem os parentes e acreditam que fatos acontecidos há muito tempo são recentes”.

Incentive a independência

“O recomendado é estimular o paciente a fazer as atividades do dia a dia com supervisão e oferecer ajuda somente nos casos de dificuldade, sempre com o objetivo de evitar riscos’, recomenda o psicogeriatra Cássio. Já atividades potencialmente perigosas, como cozinhar, dirigir e até mesmo fazer operações bancárias, devem ser evitadas.

Fique atento às reações

“Não existe nenhuma restrição à exposição do portador de Alzheimer a pessoas de fora do ambiente familiar”, afirma Cássio Bottini. “Mas é importante que o familiar fique atento às reações do idoso, já que muitas vezes ele pode se sentir ansioso na presença de estranhos e acabar ficando inseguro”. Mas não deixe estimular o contato com outras pessoas, isso é muito importante para a qualidade de vida do portador da doença.

Aprenda a lidar

Muitas vezes acaba sendo estressante lidar com quem tem Alzheimer. As informações têm que ser repetidas várias vezes, a compreensão é difícil, os gestos são mais lentos: é preciso muita paciência. Mas, segundo Cássio Bottini, mais que calma, é preciso aprender a lidar com essas características da doença. “Além de entender as limitações, é muito importante manejar os problemas sem deixar de estimular o idoso”, conta. “Aceitar a limitação é um erro grave, sufoca um contato de qualidade”.

Organize um ambiente seguro

É importante que a família e o cuidador façam adaptações na casa para que ela se torne um ambiente seguro para o portador de Alzheimer. Existem diversas dicas de como ajustar o lar ao idoso com esse tipo de demência. A psicóloga Fernanda Gouveia Paulino, presidente nacional da Associação Brasileira de Alzheiemr (ABRAZ) dá algumas delas: “Retire tapetes (que podem causar quedas), coloque proteção nas janelas, corrimão de apoio no box e próximo ao vaso sanitário, além de piso antiderrapante no chão, é importante sempre supervisionar o idoso na hora do banho”. É importante também manter o fogão longe do acesso do idoso.

Faça perguntas simples

Muitas vezes fica difícil manter um diálogo com o portador de Alzheimer em função da confusão mental quase sempre presente. Mas a conversa não é impossível, basta um pouco de calma e uma fala bem ordenada para melhorar o bate-papo. Cássio Bottini explica que a informação precisa ser transmitida de maneira simples, tocando em um assunto por vez. Falar de dois temas ao mesmo tempo aumenta as chances de desentendimento, o idoso acaba misturando os assuntos. “Também é importante fazer frases curtas e manter o contato visual o tempo todo para aumentar a atenção do paciente e vale falar de assuntos mais simples, nada muito complexo”, recomenda.

Estimule o exercício físico

Fernanda Gouveia explica que o tratamento do paciente com Alzheimer é feito com remédios e estimulações. Além de todo estímulo cognitivo, o exercício físico é uma excelente forma de estimular o portador de Alzheimer. Mas a profissional adverte: “Ele deve sempre ser feito com recomendação médica e acompanhado por um fisioterapeuta, nunca sozinho”. Quem foi sedentário a vida toda, encontrará ainda mais dificuldade para fazer atividades físicas se for afetado pela doença.

Na publicação do conteúdo do blog, nós estamos sempre pensando em vocês. Em trazer informação de qualidade e dicas para uma vida com mais qualidade.

Se tiver alguma dica de assunto envie um e-mail para nós: vivaclube@gmail.com

Bom dia a todos!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Fio dental, memória e câncer

Achei interessante este artigo, por isso compartilho:
Gastar tempo e esforço no uso de fio dental pode ser um sábio investimento – não apenas para reduzir os riscos de doença gengival, doença cardíaca e derrame – mas também para proteger contra a perda de memória e câncer de cabeça e pescoço.
Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de West Virginia estão estudando a ligação entre doença gengival e perda de memória.
Num estudo em andamento com pacientes com idades a partir de 60 anos, cientistas compararam os exames de saúde bucal dos participantes, seu desempenho num teste de memória e o exame sanguineo que mede o nível de inflamação para ver se a doença gengival está associada com a perda de memória. Homens e mulheres idosos que tiveram a menor pontuação no teste de memória – refletindo sintomas iniciais da doença de Alzheimer – apresentaram a maior associação com as bactérias causadoras de doença gengival.
"Isso pode ter grandes implicações na saúde das populações que estão envelhecendo", diz dr. Richard Crout, especialista em doença gengival e diretor associado de pesquisa da faculdade de odontologia. "Com as taxas de Alzheimer disparando, imagine os benefícios de se saber que manter a boca livre de infecção poderia diminuir os casos de demência".
Dr. Crout também teoriza que, no futuro, dentistas possam ser capazes de aplicar testes de memória nos pacientes mais idosos. Isso não apenas ajudaria a identificar pessoas com problemas de memória, mas também poderia ser capaz de mostrar aos dentistas se seus pacientes com higiene bucal e cuidados pessoais deficientes escolhem não seguir as instruções do dentista ou se a falta de escovação e fio dental deve-se à falta de memória.
Para examinar uma possível associação entre cânceres de cabeça e pescoço e doença gengival crônica, pesquisadores em Nova York examinaram 473 pacientes – 226 diagnosticados com carcinoma de célula escamosa de cabeça e pescoço e 206 pacientes de controle. A doença periodontal dos pacientes foi medida pela perda de osso alveolar (de mandíbula ou maxila) detectada em raios-X panorâmicos.
Cada milímetro de perda óssea nos pacientes estudados foi associado com risco aumentado de câncer de cabeça e pescoço. Embora alguns dos pacientes com câncer não tivessem usado tabaco ou álcool, o tabagismo e a doença periodontal aumentaram a associação dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
Os benefícios da escovação e do uso de fio dental regularmente vão além de uma boca saudável!
©2009 Associação Dental Americana. Todos os direitos reservados. Probida qualquer reprodução ou redistribuição sem permissão prévia por escrito da Associação Dental Americana. 10/05/2010

Artigo disponível em: http://www.colgate.com.br/app/Colgate/BR/OC/Information/ADA/Article_2010_05_memoria.cvsp

Um excelente semana a todos!
Abraços,